O Rotary International nos chama a meditar sobre a Conscientização Rotária no mês de janeiro. Pede para avaliarmos o nosso grau de interesse sobre os destinos da organização. Há muitas formas de colocarmos o Rotary em nossa consciência.
Ao convidar uma pessoa para se afiliar a um clube, o rotariano está, indubitavelmente, praticando uma ação de consciência rotária, de interesse pelo progresso da instituição, de apreço e atenção aos sublimes objetivos do RI. Demonstra, com seu gesto, que o ideal de servir rotário já se solidifica em sua consciência, ocupando um lugar de destaque em suas ações cotidianas.
Também podemos qualificar de boa consciência rotária a disposição com que o rotariano aceita participar dos projetos do clube, não rejeitando incumbências perfeitamente possíveis de serem atendidas. Emprega seu tempo disponível e talento, aceitando cargos e ajudando a elevar e dignificar a ação rotária como parte de sua contribuição para a consecução dos objetivos do RI.
A afiliação rotária é apaixonante e desafiadora. Porém, enfrentar desafios depende da disposição de cada um. Assim como um atleta emprega todo o seu vigor para subir ao mais alto degrau do pódio, submetendo-se a treinamentos e regimes extenuantes, o rotariano consciente das responsabilidades assumidas por ele no momento em que se vinculou à organização também se esforça para que a meta estabelecida por ela seja alcançada. O compromisso do atleta com a vitória esportiva é, sem dúvida, semelhante ao compromisso do rotariano com o serviço.
A beleza do Rotary
O Rotary é uma poderosa organização de serviços. Esse poder se baseia em seu quadro social. São os rotarianos comprometidos com o ideal de servir que movimentam essa fantástica usina, levando ao êxito inúmeros projetos e programas humanitários e educacionais. Sem essa união e essa conscientização arraigada no espírito de cada um, nenhum projeto seria concretizado.
Tanto individual como coletivamente, os rotarianos conscientes elevam a imagem do RI quando participam de um projeto, seja ele de âmbito comunitário – como a simples doação de cestas básicas – ou o engajamento em um grandioso projeto de abrangência internacional – como é o caso da Polio Plus; ou, ainda, quando assumem outros compromissos rotários. Não nos imiscuímos em assuntos ideológicos que causam polêmica e divisões. O que verdadeiramente nos interessa é constatar que as ações e os projetos demonstram, interna e externamente, a disposição de ajudar a moldar um mundo mais fraterno, mais equânime.
O rotariano consciente tem sempre algo a oferecer ao Rotary: conhecimentos profissionais, tempo e boa vontade para ajudar na implementação dos programas humanitários e educacionais. Aí reside a beleza do Rotary que nos dá a condição de pacificadores.
O Rotary pode ser comparado a um rio caudaloso. O rotariano é uma pequena nascente que se junta a outras, formando um grande rio. É no clube que as nascentes se formam e correm. Se a nascente é convenientemente tratada com informações e oportunidades de servir, mais o grande rio cumprirá a sua finalidade de preservar a vida.
Motivação e disposição
Os problemas cruciais que o mundo enfrenta, como a fome e a miséria, refletem-se em muitas comunidades onde o Rotary se insere. A capacidade do rotariano é colocada à prova constantemente, desafiando-o a mover-se para enfrentar essas questões. Uma exata conscientização do limite de ajuda é fundamental para evitar frustrações e desânimos.
Os rotarianos são líderes em suas profissões. Como tal, exercem influência em suas áreas de conhecimento. Oferecer as experiências acumuladas por muitos anos de labor aos objetivos do Rotary é uma questão de conscientização rotária. Sobre a liderança, o nosso presidente Jonathan Majiyagbe disse, quando ainda era diretor do RI: “O rotariano deve avaliar, apreciar e valorizar as tarefas que tem a cumprir, a fim de unificar idéias e afirmar a fé em sua missão.
Quando a missão a cumprir é convertida em seu dever, em seu sonho, e ele se compromete firmemente a cumpri-la, neste exato momento ele terá os caminhos abertos para dar um passo à frente e oferecer seus serviços de liderança”.
A chave que abre as portas do serviço no Rotary chama-se motivação. O presidente de um Rotary Club que sabe e tem consciência do que representa esse importante fator na condução do clube está muito próximo do êxito. Mas por que a motivação é tão necessária?
A resposta a essa pergunta foi dada pelo EPRI Charles Keller: “Vocês têm muita responsabilidade e nenhum poder”. Realmente, o presidente de um clube rotário não tem autoridade para mandar e exigir. Os rotarianos são líderes voluntários. São pessoas que obtiveram êxito em seus próprios negócios ou profissões, com responsabilidades empresariais e familiares. Empregam seu tempo e energia na condução dos seus negócios. Todavia, cada pessoa reage diferentemente à provocação para prestar um serviço voluntário.
O segredo da motivação está em descobrir e alimentar a vocação de cada um.
Só fortaleceremos o Rotary incutindo nas mentes dos rotarianos e rotarianas o ideal pessoal de serviço, e encontrando meios de motivá-los e conscientizá-los para a grande tarefa de pacificar o mundo.
E isso depende da consciência, da disposição e da motivação de todos.
(texto retirado do livro do Companheiro Flavio de Mattos)
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